14.11.16

Tomás Antônio Gonzaga

UOL

O poeta Tomás Antônio Gonzaga, patrono da cadeira no 37 da Academia Brasileira de Letras nasceu na cidade do Porto, em Portugal. Era filho do brasileiro dr. João Bernardo Gonzaga e de dona Tomásia Isabel Clark. Passou parte da infância em Recife e na Bahia, porém, ainda adolescente, retornou a Portugal para completar os estudos, e cursou direito na Universidade de Coimbra. Depois, se mudou para o Brasil para trabalhar como ouvidor e juiz. Aqui, pretendia se casar com a jovem Maria Dorotéia Joaquina de Seixas Brandão, sua musa Marília.
Quando participara da Inconfidência Mineira, é preso e levado para o Rio de Janeiro. Quando sai da prisão, muda-se para Moçambique, na África, onde casa com Juliana de Sousa Mascarenhas.
Tomás Antônio Gonzaga é o pastor Dirceu, pseudônimo criado pelo poeta para seu conjunto de liras famosas intitulado Marília de Dirceu, publicadas em três partes nos anos de 1792, 1799 e 1812. Nessa obra, Dirceu é o pastor que cultiva o ideal da vida campestre, que vive entre ovelhas em uma choupana e aproveita o momento presente ao lado da amada Marília.
Tomás Antônio Gonzaga também ficou conhecido por suas Cartas Chilenas, compostas por 13 poemas satíricos escritos antes da Inconfidência Mineira. Novamente, Gonzaga cria personagens e pseudônimos: aqui, Critilo assina as cartas e as envia para Doroteu. O conteúdo das "cartas" são críticas ao suposto governador do Chile (onde vive Critilo) Fanfarrão Minésio, uma referência ao governador de Minas Gerais Luís da Cunha Meneses.


Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/tomas-antonio-gonzaga.htm
http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/arcadismo03.php

Por: Gabriela Tostes e Yasmin de Souza
                                              CLÁUDIO MANUEL DA COSTA 





  Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) nasceu na zona rural de Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, em Minas Gerais. Filho de João Gonçalves da Costa, ligado à mineração, e Teresa Ribeira de Alvarenga, natural de Minas Gerais. De família rica, estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro e em 1753 formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Em Portugal teve contato com as renovações da cultura empreendida pelo Marquês de Pombal e Verney. Iniciou sua carreira literária em 1768, com a publicação de "Obras Poéticas", livro que marca o início do arcadismo no Brasil, o poeta cultivou a poesia lírica e a épica. Na lírica o tema é a desilusão amorosa, na épica sua poesia é inspirada na descoberta das minas, na saga dos bandeirantes e nas revoltas locais. Tornou-se conhecido também por sua participação na Inconfidência Mineira, movimento pela independência do Brasil, que ocorreu em 1789 em Vila Rica.
 Cláudio Manuel da Costa foi levado para prisão, no dia 25 de maio de 1789 e encontrado morto no dia 4 de julho do mesmo ano.

Algumas de suas obras:

Munúsculo Métrico, poesia, 1751
Labirinto de Amor, 1753
Números Harmônicos Temperados em
Heroica e Lírica Ressonância, poesia, 1753
Obras Poéticas, poesia, 1768
Vila Rica, poesia, 1839 

Fonte: https://www.ebiografia.com/claudio_costa/
Imagem: http://arcadismonobrasiliteratura.blogspot.com.br/2013_09_01_archive.html

Biografia de Cláudio Manuel da Costa por Gabrielly Rodrigues e Pedro Lucas Mendes 


Cartas Chilenas, Tomás Antonio Gonzaga

Capa da obra Cartas Chilenas

As Cartas Chilenas são 13 cartas escritas por Critrilo (pseudônimo do autor que por muito tempo ficou obscuro) relatando os desmandos, atos corruptos, nepotismo, abusos de poder, falta de conhecimento e tantos outros erros administrativos, jurídicos e morais quanto pudessem ser relatados em versos decassílabos do "Fanfarrão Minésio" ( o governador Luís Cunha Meneses) no governo do "Chile" (a cidade de Vila Rica). 

Elas são sempre dirigidas a "Doroteu" (que tem uma epístola após as 13 cartas), ninguém mais do que Cláudio Manuel da Costa.

As Cartas chilenas, por outro lado, completam a obra de Gonzaga.

São poemas satíricos que circularam em Vila Rica pouco antes da Inconfidência Mineira.

Esses poemas eram escritos em versos decassílabos e tinham a estrutura de uma carta, assinada por Critilo e endereçada a Doroteu, residente em Madri. 

Nessas cartas, Critilo, habitante de Santiago do Chile (na verdade Vila Rica), narra os desmandos e arbitrariedades do governador chileno, um político sem moral, despótico e narcisista, o Fanfarrão Minésio (na realidade, Luís da Cunha Meneses, governador de Minas Gerais até pouco antes da Inconfidência). 

Estes poemas foram escritos numa linguagem bastante satírica e agressiva, e sua verdadeira autoria foi discutida por muito tempo. 

Após os estudos de Afonso Arinos e, principalmente, do trabalho de Rodrigues Lapa, a dúvida acabou: Critilo é mesmo Tomás Antônio Gonzaga e Doroteu é Cláudio Manuel da Costa.


Obras e vida de frei José Santa Rita Durão



Santa Rita Durão estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro até os dez anos, partindo no ano seguinte para a Europa, onde se tornaria padre agostiniano. Doutorou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Coimbra e, em seguida, lá ocupou uma cátedra de Teologia.
Durante o governo de Sebastião José de Carvalho e Melo Pombal, foi perseguido e abandonou Portugal. Trabalhou em Roma como bibliotecário durante mais de vinte anos até a queda de seu grande inimigo, retornando então ao país luso. Esteve ainda na Espanha e na França. Voltando a Portugal com a "viradeira" (queda de Pombal e restauração da cultura passadista), a sua principal atividade passou a ser a redação de Caramuru, publicado em 1781. Morreu em Portugal em 24 de janeiro de 1784. 
Quase a única obra restante escrita por Durão é seu poema épico de dez cantos, Caramuru, influenciado pelo modelo camoniano. Formado por oitavas rimadas e incluindo informação erudita sobre a flora e a fauna brasileiras e os Índios do país, apresentando as cinco partes da epopéia tradicional (proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo). Este poema é um tributo do autor à sua terra natal. Segundo a tradição, a reação da crítica e do público ao seu poema foi tão fria que Santa Rita Durão destruiu o restante de sua obra poética.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Rita_Dur%C3%A3o

Biografia de frei José Santa Rita Durão por João Victor de Paula.

Soneto VII, Cláudio Manoel da Costa

         
                      VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado? 
Tudo outra natureza tem tomado; 
E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço 
De estar a ela um dia reclinado: 
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!

Árvores aqui vi tão florescentes, 
Que faziam perpétua a primavera: 
Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me engano: a região esta não era:
Mas que venho a estranhar, se estão presentes 
Meus males, com que tudo degenera!





Análise feita por  Pedro Lucas :


Neste poema, o autor deixou clara sua perplexidade diante da  natureza que ele via modificada , então ele acabou  vendo a mesma , como algo desconhecida . Ele também mostra que,  a sociedade é fonte da devastação ambiental , e atribui este processo à ela .
É interessante notar que, o campo que sofreu uma transformação para “um bem perdido”, para a maioria dos outros era algo que se perdeu na distância.  O autor acabou  fugindo da cidade para o campo, mas o que fazer se o campo também não existe mais?! Neste caso, o sentimento de frustração se torna maior , Cláudio da Costa observou também a degradação obtida  pela mineração e relata , de forma preocupante a estética da paisagem, os impactos causados à natureza .