Triste Bahia! Oh! Quão dessemelhante
Estás e estou do antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado
Rica te vi eu já, tu a mim abundante
A ti trocou-te a máquina mercante
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando a tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh! Se quisera Deus que, de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!
Gregório de Matos
Análise do poema de Gregório de Matos por Gabrielly:
Gregório trás críticas e questões relacionadas à Bahia, relata sobre a transformação do estado de uma forma lamentável, aborda também a questão econômica, alegando que viu a Bahia rica, como uma grande cidade e depois a tristeza de ter notado a crise se espalhando no território.
Análise feita pela aluna Gabrielly Rodrigues Felix Benedito André.
Concordo com a análise feita pela Gabrielly. Neste texto Gregório nos mostrou questões referentes ao estado de Bahia , no qual trouxe algumas críticas na transformação " radical " feita nesse estado. No contexto desse texto ele também abordou a questão da economia , afirmando uma Bahia rica , porém com a crise que chegou acabou se tornando em um estado meio " triste" .
ResponderExcluirAnálise da Gabrielly está perfeita,nesta poesia fala de sua terra, Bahia, era a maior produtora de açúcar, mas devido o excesso de produção acabou tendo que abaixar o preço, sendo que, o açúcar assim como o tabaco servia de remédios e esse estado acabou sendo devastado.Nesse texto Gregório foge um pouco dos padrões do barroco utilizando palavrões e expressões populares.
ResponderExcluirGostei das análises anteriores, principalmente a do Lourran, lembrando da crise na produção de açúcar. Mas, poderíamos dizer que a riqueza da Bahia era sua felicidade, pois o autor cita toda hora sobre tristeza. Essa tristeza talvez se dê pelo fato da Bahia só pensar na economia.
ResponderExcluirAdorei a análise de todos. No soneto, Gregório lamenta o estado triste em que se encontra a Bahia que ele já viu tão rica.
ResponderExcluirGostei escpecialmente da última estrofe:
"Oh! Se quisera Deus que, de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!"
Parece que o autor tenta dizer que não deseja que ela volte ao estado de riqueza, mas que ao simples estado de humildade e simplicidade já o faria feliz.
Ótimas análises, acrescento dizendo que concordo com Gabriela e João Victor principalmente, no fato de que o autor parece sentir falta não da riqueza literal da antiga Bahia, e sim do estado feliz e simples em que ela se encontrava em tal época.
ResponderExcluirTodos os comentários abriram meus olhos para além do que havia pensado quando li tal soneto de primeira, e concordo plenamente, é triste como a falta de consideração de alguns resulta em coisas tão grandes e tristes, e isso, em minha opinião, vai além da Bahia, neste soneto esta representado todos os lugares que sofreram tais coisas e atualmente ainda sofrem enquanto o seu povo só procura ter sua paz novamente.
ResponderExcluirO blog de vocês está ótimo! Estou gostando muito da análise e dos comentários. Continuem assim.
ResponderExcluir