Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
Gregório de Matos
Análise do poema de Gregório de Matos por Micaella:
Gregório fala da inconstância das coisas, de como tudo está sempre em mudança, indo e vindo constantemente, usando o Sol e a Luz, a beleza, a tristeza e alegria e outras coisas como representação dessa mudança infinita, indicando uma transitividade em nossas vidas, de que por mais que se tenha certeza de algo, esse algo sempre pode vir a mudar, sendo assim, a inconstância é a nossa única certeza.
Análise feita pela aluna Micaella Barcellos Pereira.
Concordo com a sua análise,e acho legal destacar que no poema Gregório reflete sobre a beleza do Sol, q mesmo ele se escondendo no final do dia as tristezas e as felicidades que temos não se vão com ele.
ResponderExcluirQuem fez esse comentário? Foi a Gabrielly?
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEsse comentário foi da Gabrielly, ela está com problemas e não está conseguindo colocar seu nome no perfil do blog.
ExcluirEsse comentário foi da Gabrielly, ela está com problemas e não está conseguindo colocar seu nome no perfil do blog.
ExcluirAnálise perfeita, neste poema Gregório buscou relatar sobre uma certa beleza que a natureza nos mostra, usando como exemplo o Sol e sua Luz .
ResponderExcluirAnalisar o poema de Gregório é realmente difícil, parabéns Micaella pela sua análise.
ResponderExcluirJá que Micaella disse bem, vou eu viajar mais no tema acrescentando ao assunto a frase do filósofo Heráclito de Éfeso:"Estamos em constante mudança." Nessa frase vemos um intermediário do que é dito no texto sobre o que é agora não será depois.
A última estrofe do texto é o mais intrigante,"Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza." pois ao afirmamos que tudo vai e vem por natural, temos tudo em mãos da natureza, ignorância é pensar em mudar isso.
Concordo totalmente com a análise.
ResponderExcluirAcho importante destacarmos a frase "E na alegria sinta-se tristeza.", como se o autor dissesse que há uma mudança constante, mas ainda sentimos o que havia antes da mudança.
Este poema tem como tema as mudanças da vida, que segue em oscilações.O eu lírico utiliza um jogo de palavras supondo que uma acontece após a outra, ou até ao mesmo tempo.
ResponderExcluirÉ incrível como ele consegue transparecer todo o sentido ou/e definir em poucas linhas a mudança, algo que acontece 24h e nos trás tantas coisas boas ou ruins, sendo algo inevitável. Transparece de forma esplêndida coisas cotidianas.
ResponderExcluirEstou gostando muito do que estou lendo aqui. Parabéns ao grupo! Uma dica: nas próximas análises, tentem relacionar as características do Barroco ao texto escolhido.
ResponderExcluir